Sim, com certeza. Um dos nossos objetivos é transformar subprodutos da mineração em insumos valiosos para a agricultura regenerativa. Entraremos em um processo de análise e homologação do seu material.

Procuramos principalmente por rochas silicáticas ricas em nutrientes (como basaltos e fonolitos) e rochas carbonáticas. A composição química, especialmente a ausência de metais pesados, e a reatividade do material são os fatores mais importantes.

Exigimos uma análise laboratorial completa da composição química e mineralógica para garantir a segurança e a eficácia. Além disso, a granulometria (o quão fino é o pó) é crucial, pois influencia diretamente a velocidade de reação no solo.

Nosso processo inclui a análise de laudos laboratoriais de fontes independentes, a verificação da licença ambiental da sua operação e, em alguns casos, testes de reatividade em pequena escala. O objetivo é garantir que o material seja seguro e eficaz.

Sim. Ao qualificar seu material como um remineralizador de solo eficaz para projetos de carbono, criamos um mercado de alto valor agregado. Você deixa de vender um "subproduto" ou "resíduo" e passa a vender um "insumo tecnológico" para a agricultura regenerativa.

Nossa plataforma garante a rastreabilidade de ponta a ponta. Registramos a origem (sua mina), o lote, os laudos, o transporte e a aplicação no campo, garantindo uma cadeia de custódia transparente e auditável.

O modelo pode variar, mas geralmente a FCarbon conecta você, o fornecedor homologado, diretamente aos projetos agrícolas. Nossa plataforma serve como um selo de qualidade e um facilitador de negócios, garantindo que os produtores usem materiais certificados.

A composição determina quais nutrientes serão liberados e como o material reagirá no solo. É fundamental para garantir que ele irá, por exemplo, aumentar a capacidade de troca de cátions (CTC) e ajustar o pH, condições essenciais para estabilizar o carbono orgânico.

Sim. Ao fazer parte da nossa rede de fornecedores homologados, seu produto será recomendado para os projetos de produtores rurais que operam na nossa plataforma e cuja análise de solo indica a necessidade do seu tipo de material.

Entendemos que variações podem ocorrer. Por isso, exigimos um controle de qualidade contínuo, com análises periódicas por lote, para garantir que todo material enviado ao campo esteja dentro das especificações de segurança e eficácia.

Este é um ponto chave. Os benefícios agronômicos diretos são imensos:
- Aumento da fertilidade natural do solo.
- Melhoria da estrutura do solo e maior retenção de água.
- Aumento da resiliência da lavoura a secas e pragas.
- Potencial redução da necessidade de fertilizantes sintéticos a médio/longo prazo.
- Aumento potencial da produtividade.

Não necessariamente. A aplicação do pó de rocha pode ser feita com os mesmos distribuidores de calcário (máquinas de lanço) que a maioria das fazendas já possui.

O custo varia com o tamanho da área e o tipo de solo. Ele envolve o custo do remineralizador e a taxa de uso da nossa plataforma de MRV. Apresentamos uma análise de custo-benefício completa, projetando o retorno esperado tanto com os créditos de carbono quanto com os ganhos agronômicos.

Os resultados na saúde do solo são graduais. Melhorias na química do solo podem ser medidas já no primeiro ano. Melhorias visuais na estrutura do solo e na saúde da planta podem levar de 1 a 3 anos para se tornarem evidentes, dependendo das condições iniciais.

O processo de certificação e venda de créditos geralmente ocorre em ciclos anuais ou bianuais. Após o primeiro período de monitoramento e verificação, os créditos podem ser emitidos e comercializados.

Não imediatamente. Ele funciona como um "super adubo" de liberação lenta e um condicionador de solo. A médio e longo prazo, ao melhorar a saúde e a eficiência do solo, é possível otimizar e potencialmente reduzir a quantidade de fertilizantes sintéticos, mas isso deve ser feito com acompanhamento técnico.

Precisamos do histórico de uso da terra, análises de solo existentes e acesso à propriedade para coletas de amostras iniciais. O restante do monitoramento é feito majoritariamente de forma remota, via satélites e drones, minimizando a disrupção na sua operação.

Sim. Todos os dados da sua propriedade são confidenciais e protegidos em nossa plataforma no Google Cloud. Usamos as informações apenas para os fins do projeto e de forma anonimizada em análises mais amplas.

Geralmente, o produtor arca com os custos do insumo e da operação, que são vistos como um investimento. Existem modelos de projeto onde investidores podem financiar parte ou a totalidade desses custos em troca de uma participação nos créditos de carbono.

Após a venda dos créditos no mercado, o valor é repassado ao produtor, descontando-se as taxas da certificadora e da plataforma. Trabalhamos com total transparência para que você saiba exatamente qual a sua receita.

Essa é uma preocupação legítima. Nossa estratégia é priorizar o uso de coprodutos da mineração – materiais que já foram extraídos e que, de outra forma, poderiam se tornar um passivo ambiental. Realizamos uma análise do ciclo de vida para garantir que o balanço de carbono de todo o processo (extração, transporte, aplicação) seja amplamente positivo.

A permanência é o nosso grande trunfo. Ao melhorar a química do solo e promover a formação de agregados, o carbono orgânico fica protegido fisicamente e quimicamente da decomposição. Estimamos que o carbono estabilizado por este método tenha uma durabilidade de décadas a séculos, muito superior a práticas que apenas adicionam matéria orgânica não protegida.

Não. A segurança é nossa prioridade máxima. Todo e qualquer material remineralizador passa por um rigoroso processo de homologação, com análises laboratoriais que certificam a ausência de metais pesados em níveis que possam oferecer qualquer risco ao solo, às plantas ou à cadeia alimentar.

Um solo quimicamente equilibrado e rico em minerais promove uma explosão na vida microbiana (bactérias, fungos benéficos), que são a base da cadeia alimentar do solo. Isso resulta em um ecossistema subterrâneo mais rico e funcional, o que é a definição de um solo vivo.

São estratégias complementares e ambas necessárias. O reflorestamento é excelente para sequestrar carbono na biomassa acima do solo. O CarbonSolo foca no imenso e subutilizado reservatório de carbono que é o próprio solo. A vantagem do nosso método em áreas agrícolas é que ele permite a produção de alimentos e a captura de carbono na mesma terra.

Com dados, ciência e transparência. Nosso MRV não se baseia em estimativas vagas, mas em medições diretas e indiretas via sensoriamento remoto, IA e validação de campo. Publicamos nossas metodologias e todos os relatórios são desenhados para serem auditados por terceiros independentes.

Nossa metodologia é desenhada para ser compatível e exceder os requisitos dos principais padrões internacionais. Estamos trabalhando ativamente para registrar metodologias específicas de remineralização junto a esses órgãos, a fim de garantir que os créditos gerados tenham a mais ampla aceitação no mercado global.

Sim, e de forma significativa. Ao melhorar a agregação do solo, a remineralização aumenta sua porosidade. Isso permite que a água da chuva infiltre melhor, em vez de escorrer pela superfície causando erosão. Um solo mais estruturado também retém mais água por mais tempo, tornando a lavoura mais resistente a períodos de seca.

O transporte é um componente chave na nossa análise do ciclo de vida. Nossa plataforma de IA também otimiza a logística, priorizando o uso de fontes de remineralizadores que estejam mais próximas das áreas de aplicação, a fim de minimizar a pegada de carbono do transporte.

Pelo contrário. Muitos solos brasileiros são naturalmente ácidos. A aplicação de remineralizadores silicáticos ou carbonáticos geralmente tem um efeito alcalinizante, ajudando a neutralizar a acidez do solo. Esse efeito "tampão" ajuda a evitar que a acidez excessiva seja lixiviada para os cursos d'água, contribuindo para a saúde dos ecossistemas aquáticos locais.